O episódio do Pé de Meia “Vantagens Fiscais dos PPR Limitadas?” (A Cor do Dinheiro). levantou a seguinte dúvida: se eu fizer um PPR para “ir buscar IRS”, isso funciona sempre? A resposta curta é: não necessariamente — e não é (só) por causa das comissões ou da rentabilidade do produto. É sobretudo por causa de regras fiscais.
No artigo 78.º do CIRS (Deduções à coleta), existe uma regra que diz que a soma de várias deduções (saúde, educação, imóveis, lares, benefícios fiscais, etc.) não pode ultrapassar certos limites, que dependem do rendimento coletável. (Portal das Finanças)
Ou seja, se já “gastaste” o limite com outras deduções, o PPR pode não aumentar (ou aumentar muito pouco) o benefício final no IRS.
Mesmo que não atinjas o limite global, não dá para deduzir mais do que o imposto (coleta) que tens para pagar.
Mini-checklist prático antes de reforçar o PPR:
Olha para a última nota de liquidação e vê se, nos anos anteriores, já ficaste perto do tecto das deduções. (Portal das Finanças)
Confirma o teu limite do PPR por idade (para saberes qual é o máximo “teórico” que podias deduzir). (occ.pt)
Se a tua situação tiver variáveis (dependentes, educação, saúde, rendas, etc.), considera validar com um contabilista — porque é muito fácil estar “no limite” sem dar por isso.
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| Fonte: ChatGPT Image Dec 17, 2025, 08_40_36 AM |

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