Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
Mísero esposo,
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
Sua alma pura
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,
Porque a perdeu.
Contra a cruenta
Raiva íerina,
Face divina
Não lhe valeu.
Tem roto o seio
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
De dor e espanto
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
Aves sinistras
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
Murcham-se as flores;
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
Mísero esposo,
Desata o pranto,
Que o teu encanto
Já não é teu.
Sua alma pura
Nos Céus se encerra;
Triste da Terra,
Porque a perdeu.
Contra a cruenta
Raiva íerina,
Face divina
Não lhe valeu.
Tem roto o seio
Tesoiro oculto,
Bárbaro insulto
Se lhe atreveu.
De dor e espanto
No carro de oiro
O Númen loiro
Desfaleceu.
Aves sinistras
Aqui piaram
Lobos uivaram,
O chão tremeu.
Toldam-se os ares,
Murcham-se as flores:
Morrei, Amores,
Que Inês morreu.
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